David Coimbra (2011), num texto divertido e muito bem humorado, conta a história de grandes mulheres que, através de suas inteligências, conquistaram não somente grandes homens, mas também dominaram grandes impérios.
Em seu novíssimo livro, “Jogo de Damas”, o autor constrói, talvez, o melhor texto que já li sobre uma definição do que é ser mulher. E nesse caso, vale para qualquer período, da pré-história até a contemporaneidade.
Compartilho um trecho com vocês!
“Camile Paglia disse que não existe um Mozart mulher pelo mesmo motivo que não existe um Jack, o Estripador, mulher. Certo. Um Jack, o Estripador, e um Mozart, um gênio e um serial killer, são moldados com o mesmo barro: a selvageria ancestral do homem.
Todos os grandes gênios da humanidade, Sócrates, Confúcio, Einstein, Leonardo da Vinci, Jesus Cristo, Freud, todos se alimentavam da mesma barbárie de um Hitler, um conde Vlado, o Empalador, um Tamerlão. Porque a grande arte só se faz com dor. Só um homem inadaptado concebe uma criação imortal. Nas curvas que o cinzel de Michelangelo esculpiu no mármore do seu Moisés estão a sua revolta, a sua inconformidade com a Civilização. (...) Se você prestar atenção naquela obra que Michelangelo levou 4 anos para concluir, (...) irá ver que existe sublimação em cada traço. Que aquilo só se faz com dor, fúria, com selvageria.
A grande arte, produto mais refinado da Civilização, é, na verdade, uma reação à Civilização. É o nosso instinto brutal, resquício das épocas primevas do Neanderthal, que nos faz grandes e cruéis.
A mulher? A mulher não precisa de nada disso. A mulher é a própria Civilização. A mulher caminha pelo mundo com os pés no chão, eqüidistante do ridículo e da façanha. A mulher olha criticamente para o homem que se jacta e sonha com a glória, e sorri com condescência. Porque a mulher, por natureza, percebe o que é realmente importante na vida: apenas a própria vida”.
Por Thaís Silva
Continua no próximo post!!
Nossa, quando vi o título, logo lembrei do meu último livro lido: "o Nome da Rosa". Terminei hoje e que epopeia.
ResponderExcluirAdorei a ideia divertida e descontraída do livro que você leu. É um best seller?
Leituras da nossa vida...
Cada dia tem mais.
Não sei se é um best-seller, mas é bem curtinho, daqueles que se lê numa sentada no horário da sesta... Vale a dica de leitura para vocês tb. Porque, afinal, eu adoro esse diálogo entre história e ficção...
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