domingo, 4 de setembro de 2011

Virgínia Woolf

Virgínia Woolf foi uma grande escritora londrina. Precursora de obras notáveis, dotadas de grandes representações femininas, como Mrs. Daloway e Orlando, por exemplo, a autora também foi integrante da sociedade literária londrina, no período entre guerras.
Em 1929, com o livro-ensaio "Um teto todo seu", Virgínia abalou a crítica literária e a própria sociedade, de certa forma, ao considerar que as mulheres só poderiam alcançar seus desejos de se tornarem escritoras e organizar seus pensamentos e idéias no papel, através da autonomia e da independência financeira, ou em outras palavras, através de um quarto próprio e de renda própria.  "Uma mulher deve ter dinheiro e um quarto próprio se ela quiser escrever ficção".
Entre outras características, sua obra é considerada modernista, justamente por lidar com o fluxo de consicência, com a intercalação entre o passado, o presente e o futuro, e por delinear personagens enigmáticas, misteriosas e intrigantes, a apartir de figuras típicas do cotidiano.
Em 1941, após sofrer um colapso nervoso, Virgínia se suicida, deixando um bilhete para seu marido, Leonardo Woolf. A escritora decidiu acabar com sua vida afogando-se. Ela vestiu um casaco, encheu-o de pedras e se atirou no rio Ouse. SE corpo só foi encontrado no mês seguinte.
Eis o bilhete deixado ao marido:

"Querido,Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.
                                                                                  V."

Eis a foto de Virgínia Woolf

Ficheiro:Virginia Woolf by George Charles Beresford (1902).jpg

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