domingo, 25 de setembro de 2011

O Coronel e o Lobisomem, de José Cândido de Carvalho

Que Rachel de Queiroz me perdoe, mas vou fazer aqui uma espécia de prefácio II da obra de Carvalho.
À esse grande escritor que, até o presente momento, eu não conhecia, deixo aqui meus sinceros agradecimentos por ter criado um romance tão esplêndido, tão envolvente e tão singular. Digo tudo isso não só pela linguagem, pelo estilo de prosador, de contador de histórias e "causos" que gente da zona rural gosta tanto de contar (e a gente ama ouvir), mas também pela composição da narrativa, pela estrutura do enredo e pela inigualável comoção que leva o leitor a experimentar.
Sinceramente, acho que se fosse homem, gostaria de ser como o cel. Ponciano de Azeredo Furtado. Sim, porque não é só valentia, autoritarismo de que ele é feito; o coronel é, acima de tudo, um homem simples, de coração farto, solidário e merecedor de todos os títulos e honrarias que recebeu.
Mesmo que grosseiro e rude, às vezes, revelou a essência e a pureza que carecem em muito ser humano que a gente vê por aí.
Devo acrescentar que se faltava coragem naquele Ponciano, disposição e espírito guerreiro teve de sobra. E por isso, a meu ver, ele mereceu sim todos os reconhecimentos e reverências que fizeram à ele.
"[...] - Lá vai o Corornel Ponciano de Azeredo Furtado em sua mulinha de desencantar lobisomem. Vai para a guerra (...) que o coronel não tem medo de nada", p. 303.
Vai Coronel, segue adiante puxando a comitiva na caça contra a onça pintada e o lobisomem, que eu vou atrás, te seguindo sempre. Quem sabe assim eu aprendo um pouco sobre a vida, e descubro como é que se faz para vencer tantas batalhas....

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