segunda-feira, 4 de julho de 2011

Rachel de Queiroz em "Tantos Anos"

Falar sobre a escritora Rachel de Queiroz, por si só, já me fascina. Agora, falar sobre a pessoa, a mulher, Rachel de Queiroz, é sensacional.
Depois de ler umas breves páginas sobre sua história de vida, contada por ela mesma e por sua irmã, Maria Luíza de Queiroz, descubro que por trás da escrita feminina, existia uma guerreira, uma corajosa, uma mulher totalmente desinibida.
Tal foi sua desibinição que, num episódio muito curioso, quebrou uma sombrinha nos ombros e nos braços de um sujeito, justamente por ele ter dito coisas horríveis a respeito dela e de sua obra prima, O Quinze.
Onde já se viu, criticar um trabalho tão bem feito e tão verdadeiro como o dela? Que respira preocupação com as questões sociais e revela um novo olhar sobre o mundo, sobre a sociedade.
Mas o que mais me chamou atenção nisso tudo, foi o fato de essa mesma mulher, Rachel de Queiroz, ter se recusado a fazer as modificações num de seus romances, João Miguel, proposto pelos policiais, representantes da ordem de um Estado, em plena ditadura brasileira.
Foram tempos difícies, aqueles. Mas Rachel, tão mulher que era, se recusou a cortar certas passagens de seu romance, assim como nunca deixou de participar da política e de demonstrar aos outros sua liberdade de pensar.
Ela queria ser livre, pensar por si só, ter suas próprias idéias, seus conceitos.E só me inspira, a cada dia, a aprender a ter coragem e a ousar, talvez não tanto quanto ela, mas a dar uns passos mais largos de vez em quando...

Um comentário:

  1. Thaís, meu anjo,
    essa mulher foi A mulher. Corajosa, irreverente e enfrentava de frente os medos. Espero um dia ter, ao menos a terça parte, da coragem que ela teve.

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